quinta-feira, 19 de agosto de 2010

SECA OU CERCA


Após o comício dos amigos da Rosa, tive uma conversa afiada e eclética com os colegas Onildo, Silva e Josiel. Assuntos não faltaram, muito menos comentários e opiniões. Um deles foi agricultura. O engenheiro agrônomo Onildo, sempre bem informado, falou no tema com muita propriedade. Observei o cenário nacional e municipal com o objetivo de aprofundar a discussão: vale a pena plantar? produzir alimento como pequeno produtor? o governo ajuda com incentivos fiscais, financiamento, venda do produto?

Debates à parte, lembrei que Upanema foi um grande produtor de frutas irrigadas como melão e melancia. Hoje, talvez bem menos. Vários fatores contribuem para esse cenário atual: aumento dos insumos, falta de investimento que privilegie o produtor e não os bancos, preço do produto congelado pela estabilidade econômica e globalização, ausência de mão-de-obra, etc.

Porém, passando pela zona rural, margem da BR 110 podemos observar plantações de melancia e outras culturas de forma irrigada e com êxito na sua produção. Várias carradas de melancia são tiradas do nosso solo ainda. Os pequenos agricultores enfrentam todas as dificuldades para continuar fazendo aquilo que sabem: produzir alimento, plantar.

Imagem se nossa várzea fosse usada de forma consciente para produzir alimentos como frutas, verduras, legumes...

Iríamos ver Upanema se transformar numa grande produtora de gêneros alimentícios com muita renda e emprego disponível para que se dispusesse a trabalhar.

Não precisa investir somente nos latifúndios, os pequenos produtores precisam de estímulo, terra, assistência, incentivos financeiros. Isso acontecendo, poderíamos facilmente observar que o problema do Brasil, ou melhor, do nordeste não é de seca e sim de cerca.

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